Poupar Para Quê?


Como encontrar motivação para investir e realizar todos os seus sonhos mantendo a disciplina para aplicar todo mês no longo prazo
Por Gustavo Cerbasi

Para quem quer colocar em prática um plano de investimentos de longo prazo, são necessários, além de dinheiro, três importantes ingredientes: boa informação, foco no longo prazo e disciplina para seguir um plano promissor para o futuro.
Coloco o dinheiro como um ingrediente de menor importância, pois longo prazo e boa informação viabilizam um plano de sucesso mesmo para quem tem pouco para investir.

Na prática, encontrar motivação é o mais relevante para manter a disciplina durante muito tempo até alcançar seus objetivos. Por mais que se trate de construção de riqueza, não é desprezível o conflito entre abrir mão do bem-estar de hoje para garantir o do futuro. Como a satisfação imediata repercute mais intensamente em nossas emoções, é preciso dar maior clareza aos benefícios futuros para conseguir desistir da riqueza imediata. O primeiro passo, portanto, é perseguir sonhos. Não números. Tende a conseguir maior motivação quem guarda dinheiro para a casa dos sonhos, o casamento, a faculdade dos filhos ou garantir uma determinada renda na aposentadoria. E não quem busca acumular dinheiro só pelo dinheiro.

É preciso também ter uma visão do plano de investimentos como um todo. Quanto poupar por mês? Durante quanto tempo? Qual objetivo a atingir? Como o crescimento dos investimentos é exponencial, o resultado só é perceptível próximo ao final do plano. Se o investidor não estiver consciente do esforço a realizar e dos resultados pífios a atingir nos primeiros anos, tenderá a desistir da sua estratégia após pouco tempo.

É comum me perguntarem qual o melhor investimento para começar um bom plano. Na prática, nenhum investimento será motivante no início, todos gerarão rendimentos nominais muito próximos, seja uma caderneta de poupança, seja um fundo de renda fixa ou de ações.

Planos de previdência privada são boa alternativa para garantir a disciplina. Você já define na contratação do produto a renda que deseja para o futuro e o próprio mecanismo do plano se encarrega de sacar mensalmente da sua conta o valor programado. Os planos empresariais costumam garantir a disciplina por meio de prazos de carência, em que o trabalhador gradativamente adquire direitos maiores sobre uma reserva formada pela empresa à medida que permanece empregado.

Os que se sentem confortáveis em selecionar seus próprios investimentos podem abrir mão das ainda elevadas taxas de carregamento da maioria dos planos de previdência e adotar o conveniente serviço de aplicações programadas, oferecido por muitos dos grandes bancos. Basta informar, através da internet ou do seu gerente, a quantia a sacar todos os meses.

Ao colocar em prática um plano pessoal, sugiro ainda ignorar o saldo total de seus investimentos. Ele não diz nada. O que vale para um projeto de independência financeira é o quanto você ganha com ele, o rendimento de suas aplicações depois de pagar impostos e descontar a inflação no mês. Ao manter aplicações regulares com disciplina, você perceberá que cada mês a mais significará um aumento em seus rendimentos. Significará também uma proximidade maior com o dia em que esses rendimentos serão suficientes para sustentar sua família. Prefira, sempre, referências que você possa acompanhar entre intervalos curtos de tempo. Assim, certamente, você realizará seus sonhos.

Fonte: Você S/A.

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